Na última semana eu li “Uma história meio que engraçada”, sabendo apenas que era um grande sucesso. E então eu soube o porque… De início, devo admitir que não me animei muito com o livro; parecia que a história não chegaria a lugar algum. Mas, conforme as páginas avançavam, o livro foi ficando interessante. Mas alerto que a mudança não ocorre de repente, é tudo muito gradual.

O leitor entende aos poucos o que está acontecendo, em um ritmo bem mais devagar do que em outros livros. Mas quando as coisas começam a fazer sentido, tudo se torna muito interessante a atrativo.

Basicamente, a história começa com o personagem principal “Craig Gilner”, um adolescente de 15 anos que vive no Brooklyn, relaxando com seus amigos. E nesse mesmo início, percebemos que ele é uma pessoa um pouco “bagunçada”. O que fica ainda mais evidente quando logo em seguida, ele visita um psiquiatra.

E logo entendemos o porque de tudo isso, em um momento onde o personagem recorda tudo o que lhe aconteceu no último ano. Craig se esforçou muito para conseguir ingressar em uma boa escola do ensine médio, e depois de finalmente conseguir, ele se vê pressionado pelas tarefas e obrigações estudantis. Dessa maneira, acaba desenvolvendo depressão e outros problemas, como stress e problemas para se alimentar.

Para Craig, até coisas simples como comer ou dormir se tornam complicadas, e ele constantemente se culpa por não ter feito suas obrigações do dia. Quando tudo vai se acumulando, ele toma uma medida drástica. Sentindo-se extremamente derrotado, com planos suicidas e completa falta de perspectiva, ele acaba indo parar em um hospital psiquiátrico. É nesse ponto onde ocorre o ápice da história e onde entram vários personagens novos e importantes. Mas como foi dito, tudo isso demora um pouco, o que passa aquela sensação de que a coisa toda não vai levar a lugar algum…

E então o restante da história se concentra nos cinco dias que Craig terá de passar no hospital, convivendo com personagens com problemas piores do que o dele. A evolução do personagem vai acontecendo com o passar dos dias; ele também consegue desenvolver amizades um tanto “estranhas”. Até o momento onde o personagem tem uma epifania e descobre o obvio, a solução que o leitor já sabe desde os capítulos inicias.

“Uma história meio que engraçada” é um ótimo livro, com um começo um pouco devagar. Depois de pesquisar um pouco mais sobre a obra, descobri que foi baseada em alguns momentos conturbados da vida do escritor (Ned Vizzini). E também descobri que ele foi adaptado para o cinema (pretendo assistir ao filme).

Para finalizar, preciso comentar aqui que essa não é uma leitura muito leve. Apesar de a escrita ser bem fluida, com gírias e feita de uma maneira bem jovial, em muitos momentos existem menções sexuais e sobre drogas.

Por fim, me surpreendi com o quão bom o livro se tornou. E também preciso dizer que Craig é um dos personagens mais bagunçados que eu já vi, com uma vida bem fora dos eixos e cheia de problemas. Para terminar, recomendo muito a leitura!

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