Para marcar esta data em que é comemorado o Dia da Toalha (que em minha opinião deveria ser feriado mundial), acredito que falar dos 12 doutores que já comandaram a TARDIS é mais do que adequado.

Vamos contextualizar primeiro. 25 de maio, Dia da Toalha (nunca, jamais, de forma alguma o Dia do Orgulho Nerd), é a data em que comemoramos a obra do incrível Douglas Adams, autor do livro Guia do Mochileiro das Galáxias. Não entre em pânico! Se você não faz ideia de que diabos eu estou falando, vou explicar melhor. De acordo com o Guia do Mochileiro das Galáxias, uma toalha é indispensável, para circular pelo universo, assim como o próprio Guia do Mochileiro das Galáxias.

Sobre o Livro:7109547e-e16c-4ed4-9ef8-ef2aa7dc3c02doctorwho_12doutores12historiasok


  • Autor: 12 Autores
  • Editora: Rocco
  • Numero de Páginas: 480
  • Lançamento: 2014
  • Skoob.
  • Onde Comprar: Saraiva e Amazon

Vocês querem entender o motivo de eu falar sobre Doutor Who e não do Guia do Mochileiro das Galáxias? Simples. Os universos de ambas as obras tem tantas similaridades que eu acreditei durante anos que Douglas Adams era o criador da série televisiva Doutor Who. Na verdade Douglas Adams escreveu  apenas 3 episódios da série clássica e um deles virou o livro Shada (que eu ainda não li). Existe muita influencia mutua nessa relação, mas ele não foi o criador.
Qual foi? Você não conhece Doutor Who? Bem, vou te apresentar à figura.
Para começo de conversa, entenda: o nome do personagem principal é Doutor, ou Doctor, se você preferir a coisa no legendado ao dublado. Estamos falando aqui de um Senhor do tempo, uma criatura que vive milhares de anos vinda do planeta Gallifrey, uma raça alienígena avançada que pode vagar pelo tempo e espaço com suas naves.
Para você entender bem do que fala o livro Doctor Who: 12 doutores, 12 histórias, eu preciso explicar como funciona o sistema de regeneração do Doutor. Sempre que umSenhor do Tempo está prestes a morrer, ele pode se regenerar. No processo ele simplesmente troca de corpo e pedaços enormes de personalidade. Ao todo já foram 13 regenerações, 13 Doutores “diferentes”.  Cada conto do livro aborda um doutor e as características desse Doutor. No livro são abordados  12 Doutores.111
Talvez por conta disso  12 autores diferentes, 1 para cada Doutor, é tão adequado. Alguns dos autores dessa obra se destacam logo de cara, como Neil Gaiman ( Sandman e Deuses Americanos), Eoin Colfer (Artemis Fowl e E tem Outra Coisa), além de Richelle Mead ( série Vampire Academy) que me surpreendeu com um conto bem competente (gente, nada no mundo vai me fazer gostar da série Vampire Academy).
Enquanto o Doutor de um conto é mais divertido, o do capítulo seguinte pode ser uma figura mais professoral. O interessante é que não é como se eles fossem pessoas diferentes. O Doutor está lá, mas está um pouco mudado. Imagine alguém que está passando por novas fases da vida.
Outro acerto forte no livro é que eles trazem alguns personagens da ´série, como a Amy, uma das companheiras de viagem do Doutor. Ela era uma das minhas personas favoritas da série televisiva, mas assim como o Doutor muda, seus companheiros são renovados de tempos em tempos e a Amy Pond teve que partir. Essa rotatividade sempre inicia novos conflitos e aventuras o que manteve a série televisiva no ar durante tanto tempo.
Para ser sincero eu sinto falta da Amy e da viajante Martha Jones. Cara é difícil se recuperar da despedida de uma companheira do Doutor. Tenho uma palavra para você que escreve Doutor Who: Crossover.
O grande mérito do livro é ser um presente para fãs da série como eu que fico feliz em ver esse personagem tão rico retratado por autores que eu gosto tanto, além de escritores novos que conheci enquanto lia a obra.  Philip Reeve ou Patrick Ness, escritores dos quais eu nunca tinha escutado falar  me deixaram bem impressionado com suas histórias e agora eu  quero ler alguma coisa deles para ontem.
Doutor Who: 12 doutores, 12 histórias é uma leitura recomendada para fãs da série que querem rever personagens amados que já nos deixaram, (Amy Pond e Martha Jones). É aquela felicidade de encontrar velhos amigos em uma festa legal e qualquer livro faça você se sentir assim é incrível.

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