Admito que fiquei surpreso com o conteúdo de Joyland. É uma obra que não parece nada com o que eu estou acostumado a ver Stephen King escrever.

A sinopse é simples:
Devin Jones decide ganhar um dinheiro a mais durante as férias da faculdade trabalhando em um parque de diversões. Como era de se esperar de um trabalho que envolve o nome de Stephen King existem fantasmas e gente morta.
Joyland.pngLembro de ter lido sobre este trabalho e ficado esperando um novo hotel Overlook, mas encontrei algo completamente diferente. Eu deveria ter imaginado que alguém como Stephen King não ficaria repetindo trabalhos.
Joyland não é sobre fantasmas ou gente morta que volta para enlouquecer os vivos. Estamos falando de um livro que fala a respeito do coração partido de Devin Jones. Rapaz abandonado pela namorada, seu primeiro amor, “aquela garota”.
É um conto sobre o primeiro amor perdido. Quando digo primeiro amor, me refiro a aquela garota que você conheceu já adulto e que por algum motivo se imaginou casando e tendo filhos com ela, não da namoradinha da escola que te fazia compor música EMO. Acreditem, são diferentes tipos de primeiro amor. Ambos são importantes, mas são diferentes.
Tudo é narrado pela voz do protagonista Devin Jones. É uma história de chute na bunda contada pela perspectiva masculina. É irado!
Existem dois modos de encarar Joyland: O primeiro é quando você é garoto e ainda está nas perspectivas do primeiro amor. Nós esperamos muito disso, e quase sempre termina com um dos lados cometendo algum erro idiota ou sendo leviano.
Quando se é um garoto ler Joyland é uma perturbadora experiência sobre entender como funciona um coração partido.
Quando não é mais um garoto, a primeira coisa em que se pensa é como nossas expectativas sobre aquela mulher que nos abandonou eram altas. Sério. Como não víamos aquilo chegando para dar um soco na nossa cara?
Depois a gente se xinga um pouco, fica irritado e se perguntando que porcaria tínhamos na cabeça para ficar sofrendo por uma guria que nos abandonou. Por último escutamos a música que nos ajudou a esquecer toda aquela babaquice de coração partido (Fora Mônica – Vivendo do ócio. Som altamente recomendado para dias de bebedeira-fim-de-namoro).
Não tenho ideia se mulheres sentiriam essa montanha russa de emoções e memórias enquanto acompanham a jornada de Devin Jones. Como eu disse: é uma história com uma perspectiva masculina da situação.
Acredito que seja o tipo de livro que todo mundo ler para entender um pouco mais sobre como as pessoas funcionam.
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