Olá, corujinhas!
Hoje temos o lido e relido da conclusão do primeiro ciclo da série “A Seleção”: A Escolha. Finalmente chega o momento de descobrir quem levará a coroa, quem se tornará a rainha, e mais importante, quem conquistará o coração de Maxon.

A Escolha
Sinopse: “America era a candidata mais improvável da Seleção: se inscreveu por insistência da mãe e aceitou participar da competição só para se afastar de Aspen, um garoto que partira seu coração. Ao conhecer melhor o príncipe, porém, surgiu uma amizade que logo se transformou em algo mais¿ No entanto, toda vez que Maxon parecia estar certo de que escolheria America, algum obstáculo fazia os dois se afastarem.
Um desses obstáculos era Aspen, que passou a ocupar o posto de guarda no palácio e estava decidido a reconquistar a namorada. Em encontros proibidos, ele a reconfortava em meio àquele mundo de luxos e rivalidades. Com essas idas e vindas, America perdeu um pouco de espaço no coração do príncipe, lugar que foi prontamente ocupado por outra concorrente. Para completar, o rei odiava America e a considerava a pior opção para o filho. Assim, tentava sabotar a relação dos dois, inventando mentiras e colocando a garota em prova a todo instante.
Agora, para conseguir o que deseja, America precisa cortar os laços com Aspen, conquistar o povo de Illéa e conseguir novos aliados políticos. Mas tudo pode sair do controle quando ela começa a questionar o sistema de castas e a estratégia usada para lidar com os ataques rebeldes.”
Book Trailer:
Atenção: *Este post pode conter spoilers de “A Seleção”, “A Elite” e “A Escolha”*
As coisas estão cada vez mais tensas no palácio. Os rebeldes atacam com cada vez mais frequência, e suas investidas estão cada vez mais letais. Entre as quatro meninas da elite, o ar fica cada vez mais pesado. Elas sabem que a qualquer momento uma delas pode fazer algo errado e ser eliminada, e quando o concurso chegar a três garotas, o príncipe deve fazer sua decisão dentro de 4 dias.
Por isso, Maxon mantém as quatro garotas lá, ganhando tempo para saber o que sente por cada uma delas, e para que America decida o que sente pelo príncipe e se estará a altura da tarefa de governar. Enquanto isso, o rei está em sua cola, forçando ela a fazer coisas que não queria para se manter no castelo e na competição. E nisso, aliados inesperados surgem.
“— Os rebeldes estão no palácio.
— O quê? — exclamei. — E por que não vamos nos esconder?
— Não estão aqui para atacar.
— Então, por que estão aqui?
O príncipe soltou um suspiro.
— São apenas dois rebeldes nortistas. Não vieram armados e querem falar especificamente comigo… e com você.
— Por que eu?
— Não sei ao certo. Vou falar com eles agora e pensei em chamar você para participar da conversa também.”
A frágil relação de America e Maxon está esticada ao extremo, a ponto de se rachar. A pressão dos rebeldes, do povo, de seu pai traz o pior de Maxon a tona, e ela, muitas vezes acaba não sabendo como reagir.
Mas enquanto eles estão bem, eles tem um plano para que o rei não tenha escolha se não aprovar America: fazer com que o povo a adore. E a personalidade forte de America logo é reconhecida, quando, durante uma entrevista no Jornal Oficial, é revelado que os rebeldes vão atacar as pessoas pertencentes as castas das selecionadas restantes.
“— Lutem — eu disse, sem me dirigir a ninguém em particular. Então, tomando consciência de onde estava, olhei para uma câmera. — Lutem. O que os rebeldes querem é intimidar. Estão tentando assustá-los e forçá-los a fazer o que eles querem. E se vocês obedecerem? Que tipo de futuro eles têm a oferecer? Essas pessoas, esses tiranos, não vão parar com a violência de uma hora para outra. Se vocês derem poder a eles, ficarão mil vezes pior. Então lutem. Lutem como puderem.
Senti o sangue e a adrenalina pulsarem dentro de mim, como se eu mesma estivesse pronta para atacar. Não aguentava mais. Eles nos mantinham aterrorizados, assassinavam nossas famílias. Se um rebelde sulista estivesse diante de mim naquele momento, eu não fugiria.”
Apesar do rei não gostar dessa resposta, ela se prova eficiente. O povo gosta, e o príncipe também. Novamente parece que tudo vai dar certo para nossos pombinhos.
Depois de tantos meses tentando conciliar o que eu queria com o que esperava, percebi – naquele momento que Maxon criara só para nós – que nunca faria sentido. Tudo que eu podia fazer era seguir em frente e ter a esperança de que, sempre que desviássemos do caminho, ainda conseguiríamos voltar um para o outro. Tínhamos que voltar. Porque… porque…
Apesar de todo o tempo que demorou para aquele momento chegar, quando ele finalmente aconteceu, foi rápido.
Eu amava Maxon. Pela primeira vez, meu sentimento era sólido. Não tentava me distanciar, apegada a Aspen e a todas as dúvidas que vinham junto. Não estava me envolvendo com Maxon e, ao mesmo tempo, mantendo um pé na porta para o caso de ser rejeitada. Simplesmente deixei as coisas acontecerem.
Eu o amava.
Era incapaz de apontar precisamente o motivo de tanta certeza, mas soube na hora, com a mesma certeza com que sabia meu nome ou a cor do céu ou qualquer coisa escrita em um livro.
E ela também está se sentindo aceita pela rainha, e se sentindo como se pudesse ser aceita pela família.
“— Vejo potencial em você. Trabalhei em uma fábrica quando tinha a sua idade. Ficava sempre suja, com fome e, às vezes, com raiva, mas tinha uma queda permanente pelo príncipe de Illéa. Quando tive a oportunidade de conquistá-lo, aprendi a controlar meus sentimentos. Há muito a ser feito, mas talvez as coisas não aconteçam como você deseja. Você precisa aprender a aceitar isso, o.k.?
— Pode deixar, mãe — brinquei.
Ela olhou para trás, o rosto parecendo uma pedra.
— Quer dizer, pode deixar, Alteza.
Seus olhos começaram a lacrimejar, e ela precisou piscar algumas vezes antes de se virar para a frente.
— Se tudo isso acabar como imagino, acho que “mãe” estaria ótimo.
Foi a minha vez de conter as lágrimas. Não que ela fosse algum dia substituir minha mãe, mas era muito bom ser aceita, com todos os meus defeitos, pela mãe do homem que talvez viesse a ser meu marido.”
Mas muitas coisas acontecem. Mortes, perdas, brigas, dor, revelações, competições, perigos… Ambos nossos protagonistas são muito obstinados para dizer o que sentem, ambos guardam segredos, e isso quase é o fim de sua relação. Maxon estava prestes a anunciar seu noivado de Kriss quando um ataque fatal a cerimonia faz com que ele repense sua decisão.
“Me esgueirei sob a mesa para encontrá-lo respirando com dificuldade; uma grande mancha vermelha se espalhava por sua camisa. A ferida de bala embaixo de seu ombro esquerdo parecia muito grave.
— Ah, Maxon — lamentei.
Sem saber ao certo o que fazer, arranquei um pedaço da saia do meu vestido e fiz pressão no ferimento. Ele se contraiu um pouco com a dor.
— Perdão — eu disse.
Ele colocou a mão sobre a minha.
— Não, eu que peço perdão — falou. — Estava prestes a arruinar a vida de nós dois.
— Agora não é hora de falar. Concentre-se, o.k.?
— Olhe para mim, America.
Pisquei algumas vezes e olhei para ele. Mesmo com a dor, ele abriu um sorriso.
— Pode partir meu coração. Mil vezes, se desejar. Sempre foi seu para machucar como quiser.
— Shhh — implorei.
— Amarei você até meu último suspiro. Cada batida do meu coração é sua. Não quero morrer sem que você saiba disso.”
Apesar de perdas significativas e dolorosas, nossos heróis sobrevivem, e o amor vence no final. E o fim de nosso livro é o casamento mais belo que poderia imaginar. Não poderia ter outro fim para esse romance tão adorado.
Por hoje é isso, corujinhas, e até breve!
Beijinhos,
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