Bom dia gente!

No Sobre Autores de hoje, que tal conhecer um pouco sobre a vida de Niel Gaiman? O autor de Deuses Americanos retomou os holofotes com a adaptação do livro para a série. Além de autor, Neil é um artista extremamente versátil, vem conhecer um pouco mais sobre ele!

Neil Richard Mackinnon Gaiman nasceu em novembro de 1960 em Hampshire, Reino Unido, e atualmente mora nos Estados Unidos. Quando criança o autor descobriu sua paixão pelos livros quando entrou em contato com o trabalho de grandes autores como C.S. Lewis, J.R.R. Tolkien, Edgar Allan Poe. Michael Moorcock. 

Em entrevista o autor declarou que aprendeu a ler com quatro anos. "Eu era um leitor. "Eu amava ler. Ler me dava prazer. Eu era muito bom na maioria das matérias da escola, não porque eu tinha alguma aptidão nelas, mas porque normalmente no primeiro dia de aula eles nos davam os livros escolares, e eu lia todos eles. O que significava que eu sabia o que estava por vir, porque já tinha lido." 

Com vinte anos, Gaiman seguiu o jornalismo, conduzindo entrevistas e escrevendo resenhas de livros. A ideia era criar novos contatos e também adquirir conhecimento do meio para poder ser publicado um dia. Foi só em 1984 que Neil publicou seu primeiro livro, uma biografia da banda Duran Duran, e mesmo que ele achasse que tinha feito um trabalho terrível, o livro esgotou na primeira semana. 

Mas alguns anos depois o autor largou sua carreira como escritor, porque segundo ele, a mídia britânica postava muitas inverdades. Foi aí que Neil entrou no mundo dos quadrinhos. Participou de diversas colaborações até ser contratado pela DC Comics, em 1987, quando escreveu a série Orquídea Negra, impressionado com seu trabalho, ele foi convidado à recriar um antigo personagem, Sandman.

A partir dessa série, muito premiada, o autor conquistou aos poucos os leitores com seu estilo inconfundível. Seus livros podem se encaixar em mais de um gênero e não seguem tendências necessariamente. Como por exemplo, Coraline, uma história que primeiramente não foi nem considerada para crianças, mas que se tornou um dos trabalhos mais premiados do autor.

  Como é de costume, peguei alguns trechos de entrevistas do autor, para que possamos conhecê-lo um pouco mais! As traduções foram feitas por mim, para uso exclusivo do blog.
Link da Entrevista.

Quais são seus hábitos de escrita? Você usa o computador para escrever? Como você cria?
  Isso depende. Depende muito do projeto. Acho que seria mais fácil te contar que tipo de escritor eu não sou. Eu me lembro de uma vez, estava em uma convenção na Inglaterra com um autor muito conhecido de fantasia. Eu estava dizendo "Vocês acreditam que existem autores por aí que se sentam em suas mesas as 9h todos os dias, fazem uma pausa ao meio dia, tiram uma hora pro almoço e voltam para a mesa à uma hora? Aí eles continuam até cinco e meia e pronto, é isso. Dá pra acreditar? Eles não escrevem mais. Se vocês queriam fazer isso, porque não encontrar um emprego de verdade?" E então, aquele autor de fantasia, provavelmente mais rico, famoso e conhecido que eu, disse que eu tinha acabado de descrever seu dia de escrita.

Como ser pai afetou no seu trabalho?
  Bom, acredito que acabo roubando ideias deles. "O Dia em que Troquei Meu Pai por Dois Peixinhos Dourados" surgiu porque meu filho olhou pra mim, enquanto eu falava alguma coisa sem sentido como, "Não está na hora de ir para a cama?". Ele tinha só oito anos, olhou pra mim e disse "Eu gostaria de não ter um pai. Eu gostaria de ter alguma coisa boa, como alguns peixinhos dourados." Aí ele foi embora irritado para o quarto. E eu só conseguia pensar "Que grande ideia!".
 
Em entrevista ao site BigIssue, trecho do quadro, Letra para Você mais Novo. 
Stephen King apareceu em uma noite de autógrafos minha, em 1992 e depois nós fomos para esse hotel depois. Foi então que ele me deu o melhor concelho possível. Ele disse, "Sabe, você precisa aproveitar isso. Essa mágica. Você faz uma noite de autógrafos e centenas de pessoas aparecem. Você é um dos mais amados autores de quadrinhos do mundo. Aproveite isso." Mas eu nunca fiz isso. Eu só me preocupei. Eu me preocupava disso acontecer o tempo todo. Eu me preocupava em estragar tudo. Isso não mudou até fazer 48 anos e conhecer minha esposa. Eu a conheci e pensei que ela lidava com a vida dela de uma forma completamente diferente da minha. Ela preenchia a vida fazendo as coisas que gostava e conhecendo as pessoas que ela gostava e que comiam o que ela gostava. Acreditei que podia tentar isso também.

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