Entremundos é o tipo de livro bobo que todo mundo precisa ler em uma tarde de domingo cheia de  tristeza lancinante. Ou talvez eu tenha que parar de escrever artigos em domingos ao som de músicas do The Naked and Famous. Nunca vou saber a resposta disso.


 Sinopse: Joey é do meu time. Pessoas desorientadas. Ele se perde até dentro da própria casa por conta do seu senso de direção imprestável, entretanto, em um dia qualquer de escola, nosso improvável herói é lançado em outro mundo. Aparentemente Joey, o garoto do time das pessoas desorientadas, é capaz de viajar entre universos. O tipo de ironia estranha que podemos enxergar apenas por conta da escrita impecável de Neil Gaiman e Michael Reaves que assinam a obra.


 O jovem Joey que tinha como principal preocupação o início da puberdade descobre que é um Andador, se torna membro de uma organização que visa proteger o equilíbrio entre os universos e percebe que está sendo caçado por Binários e Brux.


 Brux: Organização que acredita que a magia deva ser um padrão nos universos.

 Binários: Organização que tenta impor tecnologia aos mundos.


 Ambos os grupos usam a energia de Andadores mortos para vagar pelos universos. Entremundos é o primeiro de três livros e o único que eu li, por tanto, até agora eu só vi os Brux em ação. Como  é de  esperar, eles são maus. Possuem a animosidade e confiança em seus ideais que apenas os ignorantes e déspotas têm. Sequestram crianças, matam pessoas, ameaçam a existência de outros seres e outras coisas terríveis com o único objetivo de impor as suas ideias a todos os universos.

 Em tempos de polaridade maluca na internet, Entremundos é um excelente lembrete que sua ideologia é irrelevante se você é um ser capaz de matar pessoas para alimentar um motor.

 O grande mérito do livro é a sua simplicidade. Uma aventura para garotos no melhor estilo Sessão da Tarde e todos nós sabemos que filmes de Sessão da Tarde são melhores que qualquer obra do Jean-Luc Godard.

Fiquei curioso sobre o segundo livro da saga. Talvez eu o compre, talvez não. Vamos ver quantas tardes vazias de domingo eu terei  para aproveitar músicas tristes e livros divertidos.

Nenhum livro é bom se você não está no clima dele.

0 Comentários