Infelizmente esse post é uma despedida. Na última semana a nossa literatura perdeu um nome importante e eu perdi um amigo, Mustafá Ali Kanso. Conheci o Musta no Núcleo de Literatura e Cinema André Carneiro e fui recepcionada com um carinho imenso logo de cara. Talvez não faça muito sentido falar sobre isso aqui, para vocês, mas no tempo que convivi com Mustafá e desmembramos textos e experiências literárias eu tive a sensação de que a literatura foi uma forma linda que ele encontrou de se expressar. 


As vezes pessoas maravilhosas se vão e nós não podemos fazer nada sobre isso. E dói. Como dói. Em momentos de dificuldade, durante minha vida inteira, a literatura me serviu de apoio e refúgio, e eu não estou tentando ser óbvia mas meu amigo Mustafá está presente em cada palavra que ele escreveu e eu com certeza vou fazer meu máximo para que seus livros e textos continuem sendo divulgados. 

Dizem que os escritores vivem para sempre, eternizados em seus livros, e eu não posso discordar disso. Então esse post é uma despedida triste, porque é a constatação de uma ausência, mas ao mesmo tempo é um post importante porque a literatura, que sempre foi imensamente importante, ganhou um significado maior ainda na minha vida. 

Musta, desde que o conheci, sempre foi atencioso e dedicado nas nossas oficinas. Dele eu ouvi os melhores conselhos sobre escrita e as reflexões mais interessantes. Foram alguns encontros ao longo de dois anos que me fizeram admirar e respeitar esse escritor e professor que eu tinha encontrado. 

Um mestre.

E de novo, esse post é para falar do trabalho dele, porque meu compromisso aqui com vocês é falar de literatura, e também é para tentar de alguma forma homenagear e agradecer cada palavra e conhecimento que eu recebi dele. Em dezembro do ano passado eu fiz a resenha do último livro dele, O Mesmo Sol Que Rompe Os Céus, ainda não consegui ler seu outro livro, que confesso ser difícil de abrir sem embaçar a vista. 



Então eu queria relembrar com vocês um trecho do seu livro e exaltar seu talento e dedicação para com ele. Tenho certeza, mesmo sendo cética em alguns sentidos, que o Musta está agora numa Academia de Letras célebre e merecedora do seu talento e da sua luz. 

Vou deixar o trecho aqui. Não acho que há muito à acrescentar. 



"Por isso, nunca se esqueça de que no fundo somos apenas peões nesse gigantesco jogo cósmico. Meros personagens de um romance puramente alegórico cuja trama carrega simbolicamente a essência dos ensinamentos da Obra Solar.
É preciso apenas olhos para ver e ouvidos para ouvir.
E então ousar, querer, saber e calar."


Sentiremos sua falta Musta.
Se quiser conferir a resenha do livro e conhecer o trabalho dele é só clicar aqui.

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