Bom dia gente, 

Nos últimos tempos tenho estado um pouco obcecada com Liane Moriarty. A escrita dela me conquista cada vez mais! E é claro que eu fiquei curiosa sobre a trajetória da autora no mundo da literatura, quem poderia imaginar né?! Liane Moriarty, sempre entre os melhores lugares da lista do New York Times, começou a escrever de verdade por causa de uma rivalidade entre irmãs. Vem conhecer essa história.



Liane Moriarty nasceu no dia 15 de Novembro de 1966 em Sydney na Austrália. Segundo sua biografia no próprio site, a primeira palavra da autora foi "glub" e Liane foi apaixonada por literatura desde pequena, tanto que seus amigos escondiam seus livros quando ela descia brincar com eles. 

Também segundo essa biografia, o primeiro livro que ela escreveu foi publicado por seu pai. As irmãs, Liane, Jaclyn e Nicola, foram incentivadas a escrever desde pequenas. Seu pai pagava para que elas escrevessem livros. "O Mistério da Ilha do Homem Morto" foi sua primeira publicação e ela recebeu a quantia de um dólar pelo manuscrito. 

Depois de sair da escola, Liane começou uma carreira em publicidade e propaganda, mas eventualmente ela largou sua posição de gerente de marketing de uma empresa de publicações legais para abrir seu próprio escritório. A Pequena Agencia de Ad's não teve muito sucesso. Alguns anos mais tarde Liane começou a trabalhar como freelance para propagandas.

Mesmo com o trabalho longe da literatura, Liane sempre escreveu pequenos contos e primeiros parágrafos de livros que ela nunca terminou. Segundo a autora, ela não acreditava que pessoas de verdade conseguiam publicar. Mas isso mudou quando sua irmã mais nova, Jaclyn conseguiu um contrato com uma editora para publicar o livro "Feeling Sorry For Cellia". 

Em uma crise de rivalidade, Liane sentou no computador e escreveu um livro chamado "A Olimpíada dos Animais" que foi recusado por todas as editoras da Austrália. Depois disso, ela se acalmou e fez um mestrado de escrita criativa, e como parte do curso escreveu seu primeiro livro "Três Desejos".

Depois de conseguir publicar seu primeiro livro, Liane Moriarty não deixou as listas de mais vendidos. Seu livro Pequenas Grandes Mentiras foi adaptado para uma minissérie pela HBO (já falamos sobre isso aqui) e seu livro "O Segredo do Meu Marido" teve os direitos comprados por Nicole Kidman e Reede Witherspoon.

Como é de costume, trouxe alguns trechos interessantes de entrevistas da Liane para podermos conhecê-la um pouco mais.

O que inspirou Pequenas Grandes Mentiras?

Eu tive dois momentos de inspiração. O primeiro aconteceu quando eu estava em turnê aqui na Austrália, e uma das autores com quem eu normalmente faço turnê, Ber Carroll, estava usando cada minuto que tinha de tempo livre para procurar acessórios para usar em uma noite de Trivia da escola com o tema "Audrey e Elvis". Ela ficou obcecada em encontrar as pérolas certas! Eu pensei que isso seria muito divertido visualmente e também uma boa âncora para os eventos do livro. 

O segundo foi a história de uma amiga, sobre achar mordidas nos braços da sua filha pequena. Ela ficava perguntando "Quem fez isso com você?", mas finalmente a menina acabou admitindo que ela mesma tinha se mordido. O que eu achei cômico, mas ficou preso na minha cabeça esse drama de encontrar evidências de machucados no seu filho.

Mas o que mais me inspirou, a coisa mais difícil, que eu acho que não mencionei para ninguém ainda, é uma entrevista de rádio eu escutei. Nela eu escutei uma mulher, que estava falando sobre seu pai que abusava da sua mãe, o trauma que isso causou. Já no fim da entrevista, ela descreveu voltar para casa, como uma mulher formada e ir se esconder debaixo da cama quando seus pais começavam a discutir. Tudo que ela falou ter significado sua infância me tocou. E eu acabei usando essa cena no livro.

Nos conte um pouco sobre você, onde você nasceu, onde você mora, o que você gosta de fazer?

Eu nasci em Sydney e eu tenho morado em Sydnay toda a minha vida. Eu amo ler, amo caixas de DVD, esquiar na neve, chocolate, champagne, café, banhos quentes, dormir, restaurantes com boa iluminação, velhos amigos mas também novos amigos. Eu também gosto muito dos meus filhos. Eu tenho um filho de seis anos e uma filha de quatro.

Você usa sonhos como forma de inspiração?

Não. Nunca. Meus sonhos são horríveis. Eu sempre tenho exatamente o mesmo sonho: Eu lembro de repente que esqueci algo extremamente importante e as consequências são catastróficas. Teve um, particularmente ruim onde meus filhos eram bebês e eu acordei gritando "O bebê, o bebê! Onde foi que eu coloquei o bebê?". Na verdade eu talvez tenha que escrever sobre isso, e talvez escrever me cure desse sonho horrível.

Fontes do post: [1], [2] e [3].

Aqui no blog você pode encontrar resenhas de praticamente todos os livros da autora

0 Comentários